A empresa municipal que gere as Termas de S. Pedro do Sul está com um saldo negativo de 520 mil euros. Agora é obrigatório inverter a situação financeira para evitar a extinção. A administração está a cortar nos custos, a reduzir pessoal e a criar projectos alternativos.
Ao terceiro ano de prejuízos, a Termalistur tem de passar por uma profunda remodelação para evitar a sua extinção. A empresa municipal é responsável pela gestão das termas de S. Pedro do Sul, uma das maiores estâncias da Península Ibérica, mas que no último ano perdeu cerca de dois mil utentes.
Em 2013 o saldo foi de 520 mil euros negativos e a empresa está com um passivo na ordem dos 14 milhões de euros. Se as contas de 2014 não forem positivas, a empresa municipal tem de ser extinta por não cumprir os critérios da nova lei do sector empresarial local.
O calendário é apertado e curto, mas o administrador da empresa, Vítor Leal, está confiante de que as medidas que estão a ser tomadas vão salvar a Termalistur. A redução de pessoal foi o primeiro passo na reestruturação.
Em Novembro eram 292 funcionários, mas a administração tem como meta chegar aos 160. "Só poderemos ter a trabalhar as pessoas estritamente necessárias. Se baixou o número de utentes não faz sentido que tenha gasto de mais de 300 mil euros com o pessoal.
O número de pessoas a contratar tem de ser equilibrado com o nível da actividade. Esta é a equação que tem de ser feita", explicou Vítor Leal, admitindo tratar-se de "um drama". "Trabalham há muitos anos pessoas que são sazonalmente contratadas, mas os contratos terão agora de ser feitos de acordo com a capacidade da empresa", sustentou.
Os gastos com pessoal representam 60 por cento dos custos totais da Termalistur. Vítor Leal sublinhou ainda que, apesar da redução de pessoal, a qualidade na prestação de serviços "não está em causa". "A equação é sempre a mesma: pessoal de acordo com a actividade". A reestruturação na vertente dos custos passa ainda pela renegociação de contratos de serviços (Público).
In Correio Beirão Online